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Uso Excessivo Ameaça o Aquífero Guarani

Uso Excessivo Ameaça o Aquífero Guarani

O Aquífero Guarani é um dos maiores reservatórios subterrâneos de água doce do mundo, mas o seu uso excessivo, especialmente no estado de São Paulo, está colocando sua sustentabilidade em risco. O sistema hídrico, que atende mais de 90 milhões de pessoas, enfrenta desafios significativos de superutilização, afetando diretamente a disponibilidade de água para atividades urbanas, agrícolas e turísticas. Estudos recentes apontam que, apesar do grande volume de água disponível no aquífero, ele também é um recurso finito.

Impactos do Uso Excessivo no Aquífero Guarani

Pesquisas conduzidas na região de Brotas, no Estado de São Paulo, destacam que o uso intensivo das águas do Aquífero Guarani está causando um rebaixamento alarmante dos níveis da água subterrânea, em algumas áreas chegando a mais de 100 metros. Essa diminuição é impulsionada principalmente pela demanda crescente para abastecimento urbano e irrigação agrícola, intensificada por longos períodos de seca. Com a água do aquífero sendo utilizada mais rapidamente do que pode ser naturalmente reposta, a situação se torna ainda mais crítica, levando a um alerta para a necessidade de ações imediatas para preservação.

O Papel da Chuva e das Águas Subterrâneas

Um estudo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) analisou a contribuição das águas pluviais e subterrâneas para a manutenção dos rios e nascentes na sub-bacia do Alto Jacaré-Pepira. Segundo os resultados, a chuva representa apenas 20% da recarga das nascentes, enquanto 80% da água vem diretamente do Aquífero Guarani. Mesmo durante períodos de chuvas intensas, essa proporção se mantém, evidenciando a dependência do aquífero para a manutenção dos recursos hídricos superficiais. Este cenário agrava a preocupação com o consumo descontrolado, pois as chuvas não são suficientes para repor o que é retirado.

O Alto Consumo no Estado de São Paulo

O estado de São Paulo é o maior consumidor de água do Aquífero Guarani, sendo responsável por cerca de 80% de toda a extração do país. Em anos anteriores, essa porcentagem já foi ainda maior, ultrapassando os 95%. A pressão sobre o aquífero em São Paulo é particularmente intensa devido à alta demanda urbana e agrícola, com muitos poços perfurados para irrigação e abastecimento das cidades. No contexto de mudanças climáticas e secas prolongadas, o uso indiscriminado desses recursos naturais torna-se ainda mais problemático, ameaçando a segurança hídrica da região.

Gestão Sustentável e Monitoramento do Aquífero Guarani

Para garantir a preservação do Aquífero Guarani, é essencial a implementação de uma gestão sustentável que inclua o monitoramento contínuo dos níveis de consumo e recarga. Medidas como a limitação da perfuração de novos poços e o incentivo ao uso consciente da água podem ajudar a reduzir a pressão sobre o sistema. Além disso, estudos mais detalhados sobre os mecanismos de recarga do aquífero são cruciais para o desenvolvimento de políticas públicas que garantam a manutenção desse recurso vital para as futuras gerações.

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