O calendário marca agosto de 2025 como o início oficial da etapa prática do programa Universidade Gratuita em Santa Catarina. Beneficiários do projeto passam a executar a contrapartida em serviços à comunidade, após concluírem os cursos de graduação.
A regra prevê que cada semestre financiado resulte em horas de trabalho, distribuídas em setores ligados às áreas de formação. A iniciativa, válida desde 2023, alcança agora escala visível com mais de dois mil novos profissionais mobilizados.

Universidade Gratuita fortalece serviços públicos
O impacto atinge postos de saúde, clínicas, órgãos jurídicos, projetos esportivos e obras estruturais, conforme a formação do beneficiário. Governança estadual ressalta que a medida promove dignidade ao estudante, que devolve à sociedade o investimento recebido.
Segundo dados divulgados pela Secretaria de Educação, o programa já cobre mais da metade dos alunos de instituições comunitárias do estado. Trata-se da maior política educacional já registrada em Santa Catarina.
Experiências individuais como reflexo coletivo
A atuação da psicóloga Bruna Karnopp exemplifica o alcance da política. Após ter dois semestres financiados, cumpre 220 horas de serviço em oficinas e palestras comunitárias em Joinville. A devolutiva fortalece a saúde mental em contextos de vulnerabilidade social.
Esse modelo cria um ciclo em que conhecimento acadêmico retorna à sociedade em práticas efetivas. Pesquisadores em políticas educacionais apontam que a aplicação prática de competências multiplica o impacto do investimento em ensino superior.
Educação Física e o esporte como inclusão social
O bacharel em Educação Física Jackson Meirelles cumpre sua contrapartida em atividades de iniciação esportiva e programas de reabilitação. A atuação aproxima crianças e adolescentes do esporte, reduzindo barreiras de acesso.
Organismos internacionais de saúde registram que programas de atividade física comunitária diminuem índices de doenças crônicas. A contrapartida, nesse caso, cria efeitos tangíveis de prevenção em escala populacional.

A lógica da contrapartida após a graduação
Diferentemente de modelos de bolsas tradicionais, a política catarinense permite que o estudante concentre-se nos estudos até a formatura. A obrigação surge apenas no momento em que o profissional já possui bagagem técnica e tempo disponível.
Esse formato reduz evasão acadêmica e fortalece a experiência do egresso, que ingressa no mercado com a oportunidade de aplicar saberes em situações reais. O resultado combina inclusão social, formação sólida e resposta direta à comunidade.
Capacitação docente como legado estrutural
As universidades parceiras cumprem outro papel essencial: treinam professores da rede estadual. Esse processo, articulado com a Secretaria de Educação, garante atualização pedagógica e sustenta a qualidade do ensino público.
Com isso, Santa Catarina posiciona-se entre os estados pioneiros em atrelar benefícios educacionais a estratégias de retorno social. A política fortalece o vínculo entre universidade, comunidade e setor público.
- Agosto de 2025 marca início das contrapartidas em SC
- Mais de 2.300 novos profissionais atuam em serviços comunitários
- Psicólogos, médicos, advogados e educadores ampliam rede pública
- Flexibilidade permite cumprimento após a graduação
- Universidades treinam professores da rede estadual como contrapartida