O primeiro Campeonato Catarinense de Reanimação Cardiopulmonar reuniu 40 equipes para testar habilidades em cenários de parada cardiorrespiratória. A vitória coube ao socorrista Leandro Wagner de Souza, do SAMU de Florianópolis, e ao policial científico Marcos Aurélio Lima.
O torneio ocorreu durante o II Simpósio Catarinense de Emergências Clínicas, em agosto, e trouxe atenção à necessidade de atualização contínua em protocolos de suporte básico e avançado de vida.

Disputa de RCP no contexto científico
Critérios como profundidade e ritmo das compressões, além da correta ventilação com bolsa-válvula-máscara, nortearam a avaliação das equipes. O uso de manequins equipados com sensores permitiu feedback eletrônico em tempo real, recurso cada vez mais adotado em centros de treinamento internacionais.
A equipe vencedora passou por cerca de 15 dias de preparação. O resultado reforçou a relevância de treinos focados em situações de alta pressão, em que segundos podem definir a sobrevida de um paciente em colapso cardiovascular.
Dados técnicos sobre reanimação
Estudos clínicos apontam que a intervenção imediata por meio de compressões de qualidade pode dobrar ou até triplicar a chance de sobrevida em paradas cardíacas fora do ambiente hospitalar. A cada ciclo de 30 compressões, seguido de ventilação eficaz, há maior preservação do fluxo sanguíneo cerebral, reduzindo danos neurológicos.
Em Santa Catarina, iniciativas como campeonatos e simpósios ampliam o alcance desse conhecimento, aproximando a prática clínica dos parâmetros científicos recomendados mundialmente.
Capacitação e impacto social
A participação de cidades como Timbó e São José, que alcançaram segundo e terceiro lugar, demonstrou o envolvimento de diferentes regiões no fortalecimento da rede de emergência. A valorização de treinamentos intermunicipais gera padronização e rapidez na resposta dos serviços de saúde.
Esse engajamento coletivo reflete diretamente na qualidade do atendimento prestado à população, reduzindo desigualdades e aumentando a efetividade dos serviços de urgência em território estadual.
SAMU como referência em emergência
O SAMU, acionado pelo número 192, mantém a missão de responder de forma ágil a situações graves, incluindo paradas cardiorrespiratórias, crises convulsivas e suspeita de AVC. Sua atuação depende do preparo constante das equipes e da integração com hospitais de referência.
O campeonato evidenciou que a excelência no atendimento nasce da soma entre prática repetitiva, atualização científica e compromisso social. Cada minuto economizado durante uma intervenção pode significar uma vida preservada.
- Florianópolis garantiu primeiro lugar em competição de RCP
- Torneio avaliou compressões torácicas e ventilação com precisão eletrônica
- Estudos indicam impacto direto da reanimação precoce na sobrevida
- Cidades do interior também se destacaram na disputa
- SAMU reforça a importância de preparo contínuo no atendimento emergencial