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SC inicia segunda fase da Operação Limpa Pátios com foco ambiental

A compressão de 1,5 mil toneladas de veículos começou em pátios da Polícia Civil em Santa Catarina, abrindo a segunda fase da Operação Limpa Pátios. A ação se concentra em eliminar criadouros do mosquito da dengue e devolver áreas inutilizadas ao uso público, numa medida que alia saúde, meio ambiente e gestão.

Com coordenação do governo estadual, o trabalho envolve órgãos como o Detran, a Polícia Civil e o Tribunal de Justiça de SC. Além da preocupação sanitária, a medida busca acelerar a destinação adequada das sucatas acumuladas há décadas em pátios lotados.

SC inicia segunda fase da Operação Limpa Pátios com foco ambiental

Operação Limpa Pátios avança na remoção de veículos inservíveis

A nova etapa da operação prevê a compactação de 2.400 veículos classificados como ferrosos. Esse material já não pode mais ser utilizado, nem mesmo para reaproveitamento de peças. Em São José, na Grande Florianópolis, as máquinas iniciaram o trabalho sobre 200 veículos que agora seguem para reciclagem.

A movimentação nos pátios dá sequência ao esforço iniciado com os leilões promovidos em seis regiões do estado. A iniciativa enfrenta um problema crônico da administração pública: o acúmulo de veículos apreendidos com trâmites judiciais pendentes. O apoio do Tribunal de Justiça tem sido crucial para viabilizar a destinação definitiva dos automóveis.

Saúde pública se fortalece com ação preventiva contra arboviroses

Sucatas abandonadas expostas à chuva funcionam como reservatórios perfeitos para o Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika vírus. A relação entre os veículos acumulados e a saúde pública torna-se evidente quando se observa que cada carcaça pode conter dezenas de pontos de acúmulo de água.

O governador Jorginho Mello destacou que a retirada dessas estruturas já reflete em indicadores de combate à dengue. A limpeza reduz drasticamente os focos do mosquito em áreas urbanas, onde o controle é mais difícil. Pesquisadores como o biólogo Marcos Vinícius Ferreira, da Universidade Federal de SC, alertam que a urbanização acelerada exige estratégias de enfrentamento direto ao ciclo reprodutivo do Aedes.

Gestão ambiental e reaproveitamento de materiais entram em pauta

Os carros prensados seguem para empresas de reciclagem com autorização ambiental. O processo recupera metais como aço, cobre e alumínio, que voltam para a indústria sem necessidade de nova extração mineral. A medida evita que toneladas de resíduos permaneçam em áreas públicas sem qualquer aproveitamento.

Dados da Agência Nacional de Mineração (ANM) indicam que o reaproveitamento de sucata metálica reduz em até 74% o consumo de energia necessário para produzir novos materiais a partir de minério bruto. Em tempos de crise ambiental e hídrica, essa economia energética representa um ganho duplo: menor impacto ambiental e maior eficiência da cadeia produtiva.

Primeira fase da operação eliminou 30 mil veículos em 54 municípios

A fase inicial da Operação Limpa Pátios resultou na remoção de mais de 30 mil veículos, o que liberou espaço e eliminou riscos à saúde em 54 cidades catarinenses. A ação envolveu parceria com a Associação de Pátios de Veículos Apreendidos e Reboques do Estado, que forneceu estrutura e logística para os trabalhos.

Essa primeira etapa revelou um cenário crítico: centenas de veículos retidos há anos por processos paralisados, sem perspectiva de destinação. A atuação coordenada entre Poder Executivo, Judiciário e entidades civis demonstrou que medidas integradas conseguem romper barreiras antigas da burocracia pública.

Combate ao abandono veicular vira modelo de política pública sustentável

A operação vem sendo reconhecida como um modelo de política pública integrada. Saúde, meio ambiente e urbanismo deixam de atuar de forma isolada e passam a colaborar para resolver um gargalo antigo das cidades. O espaço liberado nos pátios pode ser revertido em áreas de uso público ou redistribuído para ações de segurança e mobilidade.

A iniciativa também ganha respaldo por gerar resultados mensuráveis e replicáveis. Cidades que enfrentam problemas similares em outros estados observam com atenção a aplicação do modelo catarinense. O sucesso da ação fortalece a visão de que a sustentabilidade urbana passa não apenas por planejamento, mas por ação concreta e articulada.

  • Segunda fase prevê a compactação de 2.400 veículos em SC
  • Sucatas acumuladas abrem espaço para proliferação do Aedes aegypti
  • Reciclagem dos materiais reduz impacto ambiental e energético
  • Mais de 30 mil veículos já foram removidos na primeira fase
  • Pátios públicos são devolvidos ao uso e à segurança da população

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