Santa Catarina entra na temporada de outono com um alerta: mais de dois mil casos graves de doenças respiratórias já foram registrados em 2025. A taxa de hospitalizações revela um aumento expressivo antes mesmo do período mais frio do ano.
Entre os vírus detectados, os chamados Outros Vírus Respiratórios (OVR) lideram, afetando principalmente crianças pequenas. Já a maioria dos óbitos ocorre entre pessoas acima dos 50 anos.
**Grupos prioritários seguem como os mais vulneráveis à Síndrome Respiratória Aguda Grave
Os dados disponíveis revelam um padrão que se repete ano após ano. Crianças com até 4 anos continuam sendo as mais expostas aos OVR, enquanto os idosos enfrentam maior risco de agravamento. Em relação à Covid-19, 41,7% dos casos graves ocorrem entre pessoas com mais de 70 anos. A influenza também apresenta incidência significativa nessa faixa etária.

As hospitalizações não se limitam a uma causa isolada. Cada vírus apresenta sua própria curva de gravidade e seu público de maior impacto. Essa fragmentação exige vigilância constante, protocolos clínicos atualizados e campanhas de prevenção direcionadas.
Covid-19 e Influenza mantêm presença mesmo com vacinação em curso
Apesar dos avanços na cobertura vacinal, as mortes relacionadas à Covid-19 voltaram a crescer no início do ano. Entre janeiro e março, 30 óbitos foram contabilizados, o que contrasta com a estabilidade observada no ano anterior. Já a Influenza segue impactando os idosos, com 8 mortes em 2025.
Estudos mostram que a resposta imune reduz com o tempo, especialmente entre os mais velhos. A eficácia da vacina contra a gripe, por exemplo, diminui após seis meses da aplicação. Isso reforça a necessidade de campanhas de reforço em períodos estratégicos.
Regiões metropolitanas concentram maior número de casos graves
Três municípios lideram o número de notificações: Florianópolis, Itajaí e Joinville. Juntos, somam 734 casos e 28 mortes. A concentração urbana, associada ao uso intensivo de transporte coletivo e espaços fechados, favorece o contágio.
A ausência de agentes identificáveis em muitos casos levanta hipóteses sobre a circulação de vírus menos comuns ou mesmo novas variantes. A resposta das autoridades inclui ampliação da capacidade laboratorial e reforço da testagem, com foco nos grupos mais expostos.
Medidas individuais ainda fazem diferença
Mesmo com avanços científicos, a prevenção segue ancorada em hábitos simples: lavar as mãos, manter distância em locais fechados e cobrir o rosto ao tossir ou espirrar. Pessoas com sintomas respiratórios leves devem evitar contato com grupos de risco.
Ambientes escolares e instituições de longa permanência para idosos exigem cuidados redobrados. A limpeza de superfícies de contato, uso de máscaras e a atualização da carteira de vacinação precisam ser rotina nesses espaços.
Pontos importantes:
- SRAG registra 2.377 casos e 48 mortes até abril de 2025
- Crianças e idosos são os grupos mais afetados
- Florianópolis, Itajaí e Joinville lideram em registros
- A vacinação ainda é a principal forma de prevenção