Santa Catarina ocupa a liderança entre os estados com menor impacto dos programas sociais sobre a renda familiar. Apenas 1% do rendimento total dos domicílios é proveniente do Bolsa Família e outras transferências, segundo o IBGE.
O levantamento considera dados de 2024 e reforça a força da economia regional, com destaque para a geração de empregos formais e crescimento do rendimento médio domiciliar. O estado se afasta do cenário nacional, onde a média de dependência social é de 3,8%.
Santa Catarina no ranking nacional
Com um índice de 4,4% de domicílios incluídos no Bolsa Família, Santa Catarina se distancia da média brasileira, de 18,7%. São 123 mil famílias atendidas em um universo de 2,8 milhões. Essa baixa adesão ocorre de forma contínua desde 2023, com leve queda ano a ano.

No cenário geral, 14,8 milhões de domicílios brasileiros recebem o benefício. A menor participação catarinense reflete um ambiente econômico com maior autonomia financeira da população, segundo apontam analistas do IBGE.
Infraestrutura e geração de empregos
A infraestrutura regional tem papel direto nesse resultado. Investimentos em rodovias, portos e energia, aliados à qualificação da mão de obra, contribuíram para a atração de empresas de médio e grande porte. Indústrias de base tecnológica, têxtil e do agronegócio lideram o avanço econômico estadual.
O setor de serviços também se expandiu, gerando milhares de postos de trabalho nos últimos 12 meses. Segundo dados do Caged, Santa Catarina fechou o primeiro quadrimestre de 2025 com saldo positivo de 60 mil empregos formais.
A renda como reflexo do desenvolvimento
A composição da renda familiar no estado confirma a independência dos programas de transferência. Mais de três quartos da renda vêm do trabalho, enquanto aposentadorias e pensões ocupam a segunda maior fatia. O valor per capita saltou de R$ 3.203 para R$ 3.590 em um ano, o que representa alta real mesmo considerando a inflação do período.
O dado consolida Santa Catarina como o quarto estado com maior poder aquisitivo médio. A estrutura produtiva diversificada e a baixa informalidade explicam o dinamismo econômico mesmo diante de cenários nacionais de retração.
Caminho oposto ao assistencialismo
A estratégia estadual difere de modelos baseados em repasses diretos de renda. A ênfase está na inclusão pelo trabalho e pela qualificação. Segundo o governo, as políticas públicas privilegiam a empregabilidade como instrumento de redução da pobreza, o que se reflete nos indicadores sociais e econômicos.
Com o menor índice de pobreza extrema do país, Santa Catarina vem consolidando um modelo de desenvolvimento baseado em competitividade e sustentabilidade. A liderança no ranking do Bolsa Família surge como resultado, e não como objetivo isolado.
- Santa Catarina tem apenas 1% da renda familiar vinda de programas sociais
- Estado é o quarto maior em renda per capita do país
- Apenas 4,4% dos lares participam do Bolsa Família
- Empregos formais e investimentos estruturais sustentam o cenário econômico