O estudo social do IBGE revelou quando Santa Catarina assumiu a liderança da distribuição de renda, quem se destacou nas análises, o motivo do avanço, onde o desempenho se consolidou, como os índices foram avaliados e quanto o estado se afastou da média nacional.

Distribuição de renda e avanço regional
A marca de 0,430 obtida por Santa Catarina surgiu após um ano em que vários programas estaduais modificaram padrões de renda no interior. A pontuação veio como a mais baixa do país, em contraste com o movimento nacional que manteve 0,504. A dinâmica catarinense chamou atenção por unir crescimento econômico e pulverização espacial, evitando concentração excessiva em grandes centros.
Cadeias produtivas e tradição cooperativista
Municípios de diferentes portes ampliaram atividades industriais, agrícolas e de serviços, impulsionados por cooperativas e empreendedores locais. Essa combinação histórica formou um ambiente em que ganhos circularam entre diversas classes. Muitos especialistas apontaram que esse formato, sustentado por décadas, garantiu resistência mesmo em períodos instáveis.
Estruturas públicas e expansão de políticas
O governo estadual ampliou acesso a crédito, reforçou estradas e estendeu serviços de saúde para localidades menos atendidas. A interiorização de investimentos passou a estimular novas linhas de produção, abrindo portas para negócios antes restritos a poucas regiões. Esses movimentos tiveram impacto direto na renda familiar e criaram um cenário mais uniforme entre municípios.
Leitura técnica do IBGE
O Índice de Gini, que compara a distribuição real com a de igualdade plena, registrou diferenças significativas entre estados. Rondônia e Mato Grosso marcaram 0,442, enquanto Santa Catarina se isolou na liderança. A análise mostrou que diversas regiões brasileiras ainda convivem com forte concentração, enquanto o Sul apresentou maior estabilidade.

Renda, emprego e poder de compra
Com taxa de desemprego de 2,3%, Santa Catarina sustentou nível alto de ocupação. O rendimento per capita superou o nacional e o acesso aos programas sociais reduziu-se para o menor patamar do país. Em muitas cidades, o comércio local observou aumento no consumo cotidiano, reflexo direto da circulação de recursos em várias camadas sociais.
Palma e sinalização estrutural
Quando o Índice Palma marcou 2,17, técnicos reforçaram que a diferença entre os mais ricos e os mais pobres se estreitou. A média nacional, em 3,31, revelou que boa parte do país ainda enfrenta desafios estruturais. Estados como Distrito Federal e Pernambuco apresentaram números distantes, o que contrastou com a realidade catarinense e destacou o equilíbrio regional.
Pontos principais:
- Santa Catarina marcou o menor Gini do país.
- Cooperativismo e cadeias curtas impulsionaram equilíbrio.
- Interiorização de políticas ampliou renda regional.
- Palma de 2,17 reforçou menor desigualdade.
- Estado registrou menor desemprego e maior autonomia financeira.

