O governo de Santa Catarina oficializou a ampliação do monitoramento facial com inteligência artificial em 60 municípios. Com investimento inicial de R$ 35 milhões, a medida pretende combater a criminalidade com precisão tecnológica.
A instalação de mil câmeras visa reforçar a segurança em cidades com mais de 25 mil habitantes. A tecnologia foi validada em campo durante o Carnaval de Florianópolis, quando ajudou a localizar e deter indivíduos com mandados de prisão em aberto.
Monitoramento facial com IA muda padrão de vigilância
A nova geração de câmeras inclui reconhecimento facial em tempo real, acoplado a sistemas de inteligência artificial. Essas câmeras conseguem identificar indivíduos com mandado de prisão ou cadastro de desaparecidos e enviar notificações automáticas às centrais de polícia.

O modelo adotado é proativo. Em vez de aguardar denúncias, o sistema atua preventivamente. Ao cruzar dados visuais com registros oficiais, a tecnologia encurta o tempo entre o crime e a resposta policial, aumentando a eficiência da atuação pública.
Tecnologia testada em eventos validou eficiência
Durante o Carnaval, o sistema operou em caráter experimental e obteve sucesso imediato. Cinco pessoas procuradas pela Justiça foram localizadas por meio do reconhecimento facial. A tecnologia capturou as imagens, verificou o banco de dados e acionou a equipe mais próxima para efetuar a detenção.
O secretário de Segurança Pública, coronel Flávio Graff, detalhou que o projeto teve base em estudo técnico de viabilidade. O relatório apontou não apenas a eficácia do sistema, como também o potencial de expansão para ações sociais e vigilância preventiva em escolas.
Integração entre bancos de dados e centrais operacionais
Os dados captados pelas câmeras passam por um processo de análise em servidores conectados aos registros da Secretaria de Segurança. Os sistemas contam com filtros que analisam variáveis como distância, ângulo, nitidez e compatibilidade de traços, para reduzir falsos positivos.
Além de localizar pessoas com pendências judiciais, a tecnologia poderá auxiliar na detecção de pessoas desaparecidas e ajudar no controle urbano de áreas vulneráveis. A proposta é usar os recursos digitais como braço auxiliar das forças de segurança pública.

Expansão inclui vigilância em escolas e espaços públicos
O projeto prevê instalação estratégica das câmeras em corredores escolares, cruzamentos movimentados, terminais urbanos e entradas de prédios públicos. A meta é garantir um ambiente mais seguro sem comprometer a liberdade de circulação dos cidadãos.
Com a expansão do sistema, Santa Catarina amplia o uso de dados e inteligência artificial como instrumento de gestão pública. O cruzamento entre vigilância, ação policial e política social marca um novo momento da segurança estadual.
- Cidades com mais de 25 mil habitantes receberão câmeras inteligentes
- IA realiza identificação facial e cruza dados com mandados e alertas
- Cinco pessoas foram detidas durante testes no Carnaval em Florianópolis
- Monitoramento será estendido a escolas da rede estadual
- Investimento inicial de R$ 35 milhões garante mil equipamentos modernos