Na manhã da terça-feira (22), três novos aeradores foram ativados no Rio do Brás, em Canasvieiras, região norte de Florianópolis. A iniciativa, liderada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável com apoio da Casan, busca acelerar a recuperação do ecossistema local. Os equipamentos integram um plano maior de revitalização do rio, iniciado com o desassoreamento realizado nos últimos meses.
A movimentação das águas provocada pelos aeradores visa aumentar os níveis de oxigênio, criando melhores condições para a vida aquática. A instalação reforça o compromisso da Prefeitura com a revalorização de áreas naturais urbanas e a melhoria da qualidade ambiental para os moradores da região.

Tecnologia dos aeradores impulsiona oxigenação do rio
Com funcionamento contínuo, os aeradores atuam como catalisadores da purificação natural da água. Ao promover o contato entre ar e água, favorecem reações que eliminam compostos como o metano e o gás sulfídrico, comuns em ambientes poluídos. Técnicos ambientais apontam que essa oxigenação forçada interrompe processos de decomposição anaeróbica, altamente prejudiciais à fauna local.
Além de ampliar a oferta de oxigênio dissolvido na água, o uso dos aeradores ajuda a impedir a formação de zonas mortas, regiões sem vida por falta de oxigênio. Esse tipo de tecnologia já demonstrou bons resultados em ambientes urbanos com características semelhantes às do Rio do Brás, especialmente onde o fluxo de água é naturalmente mais lento.
Intervenções nas margens garantem estabilidade ambiental
O projeto em Canasvieiras inclui ações estruturais nas margens do rio, como o plantio de vegetação nativa adaptada às condições de restinga. Essa cobertura protege o solo contra erosão e reduz a entrada de poluentes no curso d’água. Com raízes firmes, as plantas estabilizam as bordas do rio, filtrando nutrientes e sedimentos que antes deslizavam diretamente para o leito.
Durante a primeira fase do desassoreamento, técnicos removeram até 5 mil m³ de sedimentos acumulados. Essa limpeza favoreceu a reativação do fluxo natural e reduziu o assoreamento, um dos principais obstáculos à saúde do rio. A continuidade das ações promete reativar funções ecológicas antes comprometidas.
- Equipamentos aumentam oxigênio dissolvido e combatem zonas mortas no rio
- Aeradores funcionam como catalisadores de purificação ambiental
- Margens do rio recebem vegetação nativa para contenção e filtragem natural
- Até 5.000 m³ de sedimentos foram retirados entre dezembro e março
- Projeto visa restaurar funções ecológicas e integrar o rio à comunidade urbana