A Lagoa do Peri se tornou laboratório vivo para estudantes do Sul da Ilha. Pesquisadores da UFSC, em parceria com a Casan, conduziram atividades que explicaram como funciona o ecossistema local e sua relevância para o abastecimento de Florianópolis.
O trabalho incluiu coleta de dados, experimentos práticos e dinâmicas educativas. O objetivo foi despertar nos jovens a percepção de que ciência e preservação ambiental caminham juntas na gestão dos recursos hídricos.
Ações práticas de educação ambiental
Nas margens da lagoa, alunos manipularam equipamentos de análise para medir pH e oxigênio dissolvido, parâmetros fundamentais para indicar a saúde da água. A atividade mostrou de forma prática como cientistas monitoram os impactos da poluição e das mudanças climáticas nos ecossistemas aquáticos.
Além das coletas, os estudantes participaram de jogos de tabuleiro com perguntas sobre flora, fauna e práticas de conservação. O método lúdico aproximou conceitos científicos do cotidiano, tornando a aprendizagem mais envolvente e significativa.
Ciência aplicada e monitoramento contínuo
A atividade integra um programa que recebeu investimento de R$ 1 milhão da Casan e será desenvolvido até agosto de 2026. Pesquisadores do Limnos, laboratório ligado ao Centro de Ciências Biológicas da UFSC, realizam o acompanhamento dos principais indicadores ambientais da Lagoa do Peri.
Os dados levantados orientam estratégias de preservação e ajudam a compreender como o aquecimento global, a urbanização desordenada e a perda de vegetação impactam o equilíbrio do ecossistema. O monitoramento técnico busca evitar riscos à qualidade da água que abastece milhares de moradores da região.
Cooperação institucional pela sustentabilidade
A iniciativa reúne universidade, empresa pública, órgãos ambientais e fundações de apoio à pesquisa. Essa articulação fortalece a geração de conhecimento e reforça a responsabilidade compartilhada pela conservação dos recursos hídricos.
Para a Casan, o apoio ao projeto significa mais do que financiamento: representa compromisso com a inovação e com práticas que aproximam comunidade e ciência. O modelo de cooperação demonstra como a pesquisa aplicada pode beneficiar tanto a gestão hídrica quanto a formação cidadã.
Estudantes como multiplicadores de consciência
A vivência no campo transformou os alunos em protagonistas do aprendizado. Ao atuar como “jovens pesquisadores”, eles perceberam o impacto das ações humanas sobre a biodiversidade e o papel da sociedade na preservação da Lagoa do Peri.
Ao final da atividade, crianças compartilharam aprendizados com colegas e familiares, ampliando o alcance da educação ambiental. Essa abordagem busca criar um efeito multiplicador, em que conhecimento adquirido na escola fortalece o engajamento comunitário na proteção do meio ambiente.
- Lagoa do Peri recebe programa de monitoramento até 2026
- Estudantes realizaram coletas e experimentos científicos
- Projeto envolve UFSC, Casan, Floram e fundações de pesquisa
- Jogos e atividades lúdicas reforçaram aprendizado ambiental
- Experiência transforma crianças em agentes de preservação
