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Palhoça inicia novo ciclo do Selo Social com foco em impacto real

Iniciativas com potencial transformador vêm ganhando espaço em Palhoça. O novo ciclo do Selo Social promete mais que reconhecimento: estabelece um elo direto entre organizações da sociedade civil e políticas públicas com metas claras de desenvolvimento humano.

A reunião entre prefeitura e 38 entidades no campus da Unisul marca o ponto de partida de um esforço conjunto para elevar a qualidade dos projetos sociais. A proposta não gira em torno apenas de certificações, mas de formar uma rede colaborativa capaz de gerar impacto mensurável e contínuo na vida da população.

Selo Social como instrumento de fortalecimento da rede

O programa chega ao município com o desafio de conectar o trabalho de base à visão estratégica do poder público. A Secretaria de Assistência Social atua como elo entre os serviços essenciais — como CRAS e Família Acolhedora — e as organizações que lidam com os efeitos mais imediatos da vulnerabilidade social. O Selo Social, nesse cenário, funciona como catalisador de inovação dentro das práticas já existentes.

Palhoça inicia novo ciclo do Selo Social com foco em impacto real
Palhoça inicia novo ciclo do Selo Social com foco em impacto e inovação nas ações sociais do município.

Criado para reconhecer projetos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, o programa se estrutura em uma jornada formativa, na qual as entidades são preparadas para avaliar, documentar e apresentar evidências do impacto gerado por suas ações. O enfoque vai além da execução: exige planejamento, sistematização e resultados comprováveis.

Planejamento e inovação na prática comunitária

Com o tema “Planejando e Inovando”, a abertura oficial do novo ciclo reforça a importância de metodologia na atuação social. O conteúdo apresentado na Unisul abre espaço para que cada organização avalie suas práticas e estabeleça metas compatíveis com os indicadores da Agenda 2030. A orientação técnica fornecida pelo Instituto Selo Social serve como base para transformar ações pontuais em políticas replicáveis.

Ao estabelecer critérios objetivos de certificação, o programa instiga as entidades a revisarem sua forma de operar. O foco sai do assistencialismo e passa para o desenvolvimento sustentável, com base em dados e mensuração de impacto. Esse movimento exige qualificação das equipes, estruturação de processos internos e integração constante com outras instituições.

Impacto mensurável como eixo central do programa

Mais do que promover boas intenções, o Selo Social obriga cada iniciativa a demonstrar resultados concretos. As ações passam a ser acompanhadas por indicadores sociais definidos a partir dos ODS — como redução das desigualdades, acesso à educação de qualidade, saúde e bem-estar. Essa abordagem baseada em evidências fortalece o compromisso público e amplia a credibilidade da rede de assistência local.

Estudo do Instituto Selo Social mostra que municípios que adotam esse modelo aumentam a eficiência da política pública em até 40%, ao reduzir a sobreposição de ações e qualificar o uso de recursos. O Relatório Social de Palhoça, previsto ao final do ciclo, irá consolidar as entregas e se tornará ferramenta de transparência e avaliação da política intersetorial do município.

Integração entre governo e sociedade civil

O grande diferencial do programa reside na aproximação entre gestores públicos e lideranças comunitárias. O papel do município não se limita ao financiamento: passa a ser de curadoria, acompanhamento e escuta ativa. A gestão da Secretaria de Assistência Social se compromete a garantir que o planejamento das ações municipais incorpore o olhar de quem vive a realidade cotidiana das comunidades.

Alexandro Adriano, diretor de Articulação Social, destaca que essa conexão entre políticas públicas e atuação social na ponta gera uma sinergia essencial. O alinhamento de discursos e objetivos entre poder público e sociedade civil reduz lacunas no atendimento e fortalece a atuação territorial. Os programas deixam de ser isolados e passam a compor uma rede ativa de proteção social.

Capacitação como base para transformação estrutural

O novo ciclo do Selo Social não opera apenas como chancela de boas práticas, mas como plataforma formativa. Durante o ano, as entidades terão acesso a conteúdos técnicos, oficinas temáticas, acompanhamento de indicadores e consultorias individuais. Essa estrutura permite que mesmo as menores organizações elevem seu padrão de gestão, garantindo longevidade e maior efetividade aos seus projetos.

Esse processo formativo transforma o modo como se pensa o impacto social. A ideia não é agir mais, mas agir melhor. A construção coletiva de conhecimento gera uma mudança de cultura no terceiro setor: sai-se da informalidade e entra-se na era da gestão por resultados. Com isso, a cidade de Palhoça dá um passo concreto em direção à inovação social com base territorial.

  • Palhoça abre novo ciclo do Selo Social com 38 entidades participantes
  • Programa reconhece e capacita projetos alinhados à Agenda 2030 da ONU
  • Impacto social passa a ser medido com base em dados e evidências
  • Secretaria de Assistência Social atua como articuladora das ações no território
  • Relatório Social consolidará os resultados e promoverá transparência pública

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