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Mutirão limpa Parque Natural da Lagoinha do Leste

Durante a Semana do Meio Ambiente, um mutirão retirou 4,4 toneladas de lixo do Parque Natural da Lagoinha do Leste, em Florianópolis. A ação, realizada em 7 de junho, mobilizou mais de cem pessoas de diferentes setores da sociedade, unindo esforços em defesa de um dos ambientes naturais mais preservados da ilha.

O objetivo foi remover resíduos acumulados por visitantes e descuidos prolongados, evitando danos irreversíveis ao ecossistema e restaurando a paisagem do parque. O trabalho contou com uso de tecnologia, logística avançada e engajamento local.

Mutirão limpa Parque Natural da Lagoinha do Leste
Parque da Lagoinha do Leste é alvo de ação ambiental que remove toneladas de lixo acumulado.

Limpeza de alta complexidade na Lagoinha

O volume recolhido ocupou duas grandes caixas estacionárias. Boa parte dos resíduos encontrava-se em áreas de mata e encostas, exigindo deslocamentos por trilhas, embarcações e até o uso de helicóptero. A operação foi considerada uma das mais complexas já realizadas em território insular pela Secretaria de Meio Ambiente.

A combinação de terreno acidentado, alto fluxo turístico e ausência de coleta regular torna a gestão de resíduos na Lagoinha um desafio constante. O material removido incluiu desde pequenos plásticos até objetos volumosos, muitos em avançado estado de decomposição.

Tecnologia e logística impulsionam a eficácia

Cinco viaturas, um caminhão e uma aeronave foram utilizados na operação, além de dez embarcações e uma moto aquática. A engenharia da ação permitiu o acesso coordenado a zonas remotas e a remoção eficiente dos resíduos. Os trabalhos começaram ao amanhecer e seguiram durante todo o sábado.

Segundo engenheiros da Comcap envolvidos na iniciativa, a operação contou com monitoramento aéreo e divisão de equipes por quadrantes geográficos. Essa metodologia permitiu mapear os focos de lixo e agir com precisão, reduzindo o impacto da intervenção sobre a vegetação nativa.

Preservação exige ação contínua e integrada

A fauna da região inclui espécies em extinção, como o tiê-sangue e a jararaca-ilhoa. O lixo compromete a cadeia alimentar e aumenta a proliferação de vetores como ratos e mosquitos. A cada acúmulo, o risco de desequilíbrio ecológico se intensifica. Especialistas alertam para a necessidade de campanhas educativas e ações regulares de limpeza.

Estudos da UFSC e relatórios da Floram reforçam que a presença constante de visitantes na Lagoinha exige um novo modelo de gestão ambiental, baseado em vigilância, educação ambiental e uso de tecnologia para prevenir novos acúmulos.

Cidadania ambiental reforça vínculos com o território

A união entre poder público, setor privado e sociedade civil criou uma rede de colaboração que pode se tornar modelo para outras regiões. Comerciantes, pescadores e moradores não apenas participaram, mas se colocaram como guardiões da área, reivindicando futuras ações preventivas.

A articulação comunitária transformou a limpeza em um ato simbólico de reconexão com o meio ambiente. A mensagem foi clara: a preservação da Lagoinha depende da continuidade do engajamento coletivo.

• 4,4 toneladas de lixo removidas em um único dia
• 106 participantes entre servidores, militares e voluntários
• Operação envolveu 10 embarcações e 1 helicóptero
• Logística permitiu acesso a áreas críticas de difícil alcance
• Ecossistema abriga fauna sensível e espécies ameaçadas
• Parceria entre órgãos públicos, pescadores e comunidade

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