Quatro turmas de idosos celebraram formatura no projeto Eu Sou um 60+ Conectado, nesta terça, 27, em Florianópolis. O evento no CEMUPI reuniu participantes, familiares e autoridades para marcar a conclusão do curso gratuito de capacitação digital. O projeto ensina pessoas acima dos 60 a lidar com celulares com segurança e autonomia.
Desde 2022, a iniciativa promove aulas práticas em centros comunitários. Ao todo, 48 participantes concluíram a formação neste ciclo, que teve duração de três meses e foco em tecnologia, cidadania e proteção digital.
Inclusão digital da pessoa idosa ganha destaque em Florianópolis
Idealizado pelo CPDI e viabilizado pelo Fundo Municipal da Pessoa Idosa, o projeto ganhou apoio da Prefeitura de Florianópolis. A proposta foca em um dos maiores desafios contemporâneos do envelhecimento: o acesso à informação e à comunicação por meio da tecnologia.

Os idosos aprenderam a utilizar aplicativos essenciais, como WhatsApp, Google Maps, Caixa Tem e navegadores, além de configurarem sistemas de proteção no celular. A grade pedagógica considerou limitações visuais e motoras, adotando linguagem clara e atividades práticas com repetição orientada.
Aprendizado digital fortalece segurança e independência
No decorrer das aulas, foram incluídos módulos específicos sobre golpes virtuais, engenharia social e roubo de dados. O curso se tornou não apenas uma ponte com a modernidade, mas um escudo para os riscos da hiperconectividade.
Segundo especialistas da Fiocruz, a educação digital na terceira idade reduz a exclusão social, aumenta a autoestima e favorece o monitoramento da própria saúde. Aplicativos de telemedicina, agenda de remédios e exercícios mentais também fizeram parte das oficinas.
Política pública impulsiona protagonismo na velhice
A execução do projeto com financiamento público demonstra o papel estratégico das políticas para idosos. A cidade passou a tratar a inclusão digital como ferramenta para cidadania, com impacto direto na vida urbana, no consumo de serviços e na integração familiar.
A formatura evidenciou o alcance do projeto ao emocionar familiares, que se disseram aliviados por verem seus pais e avós mais conectados e independentes. A inclusão passou a significar mais do que acesso: virou símbolo de respeito e dignidade.