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Floram e Exército recolhem lixo na Beira-Mar Norte

Cerca de 23 agentes da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) e da 63ª Brigada do Exército se mobilizaram na segunda-feira, 2, para a retirada de resíduos na orla da Beira-Mar Norte. A atividade durou menos de uma hora e retirou milhares de micro resíduos de um trecho de 200 metros.

A operação marcou o início da Semana do Meio Ambiente em Florianópolis e seguiu o tema global de 2025 da ONU: combate à poluição plástica. A ação atraiu atenção de pedestres e buscou despertar um senso coletivo de responsabilidade ambiental.

Floram atua com foco no lixo invisível

A operação de limpeza coordenada pela Floram revelou o que os olhos geralmente ignoram: o lixo de pequena escala. Mais de três mil bitucas de cigarro se misturavam ao solo da orla. Ao lado delas, pedaços de isopor, tampas de garrafa e embalagens plásticas completavam o retrato do descuido cotidiano.

Floram e Exército recolhem lixo na Beira-Mar Norte
Mutirão retira mais de 3 mil bitucas da orla de Florianópolis

Os resíduos recolhidos apresentaram tendência de crescimento em micro lixos e queda nos materiais maiores. A coleta buscou, mais do que limpar, tornar visível uma realidade cotidiana encoberta pelo hábito e pela pressa urbana.

Parceria com o Exército amplia força e visibilidade

Com apoio logístico e humano do Exército, a operação ganhou escala e impacto. A presença de soldados fardados em plena orla central conferiu autoridade à mensagem ambiental, além de reforçar a importância do envolvimento institucional nas questões socioambientais.

A atuação conjunta elevou o engajamento e permitiu que a coleta ocorresse de forma ágil e coordenada, reforçando o papel das forças públicas na promoção da sustentabilidade urbana.

Impacto da poluição plástica no ambiente urbano e marinho

Bitucas e plásticos não poluem apenas o solo. Ao serem levados pela chuva ou vento, esses materiais alcançam rios e mares. Cientificamente, estudos mostram que partículas de microplástico já foram identificadas em espécies marinhas, no sal de cozinha e até na água potável.

O ciclo do descarte irregular segue até retornar para o consumo humano, em níveis ainda subestimados pela população. A coleta preventiva em áreas urbanas surge, nesse contexto, como contenção direta da cadeia de contaminação ambiental.

Resultados apontam onde políticas públicas já surtiram efeito

Dentre os dados da ação, um chamou atenção: a expressiva redução no volume de vidro recolhido. De 304 unidades registradas anos atrás, o número caiu para 37 em 2025. A explicação técnica remete à instalação de novos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), que facilitaram o descarte correto.

Essa queda revela a eficiência de soluções simples quando bem implementadas. Políticas públicas aliadas a campanhas educativas demonstram capacidade de alterar comportamentos em curto prazo.

Mudança depende da rotina individual de descarte

A educadora Maria Aparecida de Sá destacou que nenhuma política funciona se o indivíduo não assumir responsabilidade por seus próprios resíduos. Na prática, o lixo começa com uma escolha pessoal: descartar no chão ou no local correto.

A ação educativa mobilizou transeuntes e acendeu um alerta silencioso sobre o impacto invisível do descarte cotidiano. Pequenos objetos, desprezados por muitos, terminam influenciando todo o ecossistema urbano e marinho.

  • A ação integrou a abertura da Semana do Meio Ambiente 2025
  • Envolveu 23 agentes e ocorreu na Beira-Mar Norte
  • Foram recolhidas 3.119 bitucas e mais de 1.400 outros micro resíduos
  • A redução do vidro aponta para o sucesso dos PEVs em Florianópolis
  • Microplásticos impactam diretamente a cadeia alimentar marinha

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