Mais de cinquenta moradores de São José participaram nesta semana da quinta reunião promovida pela CASAN sobre a nova ETE Potecas. O encontro detalhou o progresso da obra, que entra em fase de pré-operação no fim do ano, e reforçou a importância da participação da comunidade no processo.
Vereadores locais e técnicos da Companhia de Saneamento apresentaram soluções adotadas para eliminar o mau cheiro que afeta a região há décadas. A nova estação representa um marco no sistema de esgoto da Grande Florianópolis e promete modificar de forma radical a realidade dos bairros vizinhos.
Tecnologia de controle de odores revoluciona tratamento
O sistema implantado inclui exaustores para capturar gases do processo de tratamento, além de um biofiltro que abriga microrganismos capazes de decompor compostos geradores de odor. A presença dessa tecnologia representa uma ruptura com o modelo anterior, que se apoiava em lagoas de estabilização abertas.

A nova estação foi projetada para tratar 600 litros de esgoto por segundo na primeira etapa. Essa capacidade amplia em 42% o volume processado em comparação à estrutura atual. Estudos técnicos apontam que sistemas com biofiltro reduzem significativamente o impacto ambiental e aumentam a eficiência na retenção de odores.
Obra recebe apoio de moradores e parlamentares
Diversos vereadores presentes apontaram a importância da obra para o cotidiano da população. O parlamentar Romeo Vieira destacou os danos causados pelo mau cheiro da lagoa ao lado do bairro. Já Cryslan de Moraes lembrou que o novo modelo resolve uma das principais queixas da população e transforma o saneamento da região.
A obra tem financiamento estadual e municipal, com atuação direta da CASAN e participação da comunidade por meio de ações do Projeto Socioambiental. Esse modelo inclui visitas domiciliares, palestras em escolas e acompanhamento de líderes comunitários.
Ligações clandestinas ainda dificultam resultado pleno
Apesar dos avanços, técnicos alertam que o problema do odor não será resolvido apenas com a obra finalizada. O vereador André Gresser lembrou que muitas casas ainda despejam esgoto irregularmente, inclusive na rede pluvial. Esse comportamento anula parte dos efeitos esperados da nova estrutura.
A CASAN mantém ações de conscientização e fiscalização para garantir que os imóveis se conectem corretamente à rede. A meta é atingir 90% de cobertura residencial para assegurar os benefícios plenos do investimento.

Diálogo constante com a população de São José
A reunião integra um ciclo de encontros iniciado pela CASAN para manter a população informada sobre a obra. Equipes técnicas respondem perguntas, apresentam dados atualizados e colhem sugestões dos moradores, num processo que vem fortalecendo a confiança da comunidade no projeto.
Com a entrada em operação prevista para o fim do ano, moradores acompanham cada passo com atenção. A expectativa geral é de que a nova ETE inaugure um período de melhorias ambientais, sanitárias e urbanísticas para São José.