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Como a cirurgia de catarata transforma a vida dos pacientes

Recuperar a nitidez visual pode significar muito mais do que voltar a enxergar com clareza. Para milhares de pessoas que convivem com a catarata, o procedimento cirúrgico representa o resgate da autonomia e da confiança para realizar atividades que antes pareciam simples. O oftalmologista Dr. Neto Pereira (CRM-26.075/RQE-25270), especialista no diagnóstico precoce e tratamento da doença, reforça que a restauração vai além da correção técnica do problema ocular.

O envelhecimento populacional trouxe maior atenção para os cuidados com a visão, especialmente quanto à catarata, uma das principais causas de perda visual reversível no mundo. A prevenção através de exames oftalmológicos regulares e o acompanhamento adequado dos sintomas fazem toda a diferença no momento de intervir cirurgicamente. A abordagem preventiva inicia-se ainda na infância e estende-se por todas as fases da vida.

Como a cirurgia de catarata transforma a vida dos pacientes
Cirurgia de catarata restaura visão e autonomia. Saiba quando operar, tipos de lentes intraoculares e cuidados pré e pós-operatórios.

Acompanhamento oftalmológico começa na infância

A recomendação médica aponta o período entre três e cinco anos como ideal para a primeira consulta oftalmológica. Nessa fase, problemas como miopia, hipermetropia e astigmatismo podem ser detectados e corrigidos, evitando comprometimentos no desenvolvimento visual e no aprendizado. A intervenção precoce beneficia o desempenho escolar e o desenvolvimento cognitivo infantil.

Na vida adulta, a frequência sugerida é de uma consulta a cada um ou dois anos, mesmo na ausência de queixas. O acompanhamento regular viabiliza a identificação de alterações visuais em fases iniciais, ampliando as chances de tratamento eficaz. O especialista explica que diversos exames compõem essa avaliação de rotina.

A biomicroscopia analisa estruturas como córnea, íris e cristalino. A tonometria mensura a pressão intraocular, sendo essencial para detectar glaucoma. A oftalmoscopia permite avaliar retina e nervo óptico, especialmente importante para pacientes diabéticos ou hipertensos. Exames como campo visual e tomografia de coerência óptica (OCT) auxiliam no diagnóstico precoce de doenças degenerativas.

Sintomas que indicam necessidade de cirurgia

A catarata caracteriza-se pela perda de transparência do cristalino, aquela lente natural presente nos olhos. Embora frequentemente associada ao processo de envelhecimento, a condição pode manifestar-se devido a traumas oculares, uso prolongado de medicamentos corticoides ou doenças metabólicas como diabetes. Os sintomas mais relatados incluem visão embaçada, sensibilidade excessiva à luz e perda da capacidade de distinguir contrastes.

A indicação cirúrgica surge quando esses sinais começam a interferir nas atividades do cotidiano. Tarefas como dirigir, principalmente à noite, ler letras pequenas ou reconhecer rostos tornam-se progressivamente mais difíceis. Dr. Neto Pereira esclarece que a decisão de operar não pode se basear apenas no grau de opacificação do cristalino, mas no impacto funcional que a catarata provoca na vida de cada indivíduo.

A cirurgia de catarata figura entre os procedimentos oftalmológicos mais realizados globalmente. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a catarata é responsável por aproximadamente 51% dos casos de cegueira reversível no planeta. Quando o paciente se submete ao procedimento, a possibilidade de retornar à visão nítida e recuperar a independência nas atividades diárias torna-se real e transformadora.

Avaliação pré-operatória define lente adequada

Antes da intervenção cirúrgica, o paciente passa por uma avaliação detalhada. Essa etapa inclui exames que mensuram o tamanho e o formato dos olhos, avaliam a saúde da córnea e da retina, e verificam a existência de outras condições oculares ou sistêmicas. Com essas informações em mãos, torna-se possível escolher a lente intraocular que substituirá o cristalino natural opacificado.

A decisão sobre qual tipo de lente utilizar considera o estilo de vida, a rotina de trabalho e as expectativas visuais do paciente. Lentes monofocais corrigem a visão para longe, enquanto lentes multifocais proporcionam nitidez em diferentes distâncias. As lentes tóricas mostram-se indicadas para pacientes que apresentam astigmatismo. Cada caso apresenta particularidades que demandam análise individualizada.

O especialista ressalta que a personalização na escolha da lente objetiva oferecer o melhor resultado visual possível. A técnica mais empregada atualmente é a facoemulsificação, que se destaca como procedimento moderno e minimamente invasivo. Durante a cirurgia, o cristalino opaco é fragmentado com ultrassom e removido, sendo substituído pela lente intraocular selecionada.

Tecnologia avançada garante segurança no procedimento

A cirurgia tem duração reduzida, utiliza anestesia local e permite que o paciente retorne para casa no mesmo dia. A tecnologia disponível atualmente confere alto padrão de segurança ao processo. Pesquisas científicas recentes apontam taxas de sucesso superiores a 95% nas cirurgias de catarata realizadas com técnicas modernas.

A facoemulsificação permite incisões menores quando comparada às técnicas anteriores. Isso reduz significativamente o tempo de recuperação e minimiza riscos de complicações pós-operatórias. O avanço tecnológico no desenvolvimento de lentes intraoculares também ampliou consideravelmente as possibilidades de correção visual, proporcionando resultados cada vez mais satisfatórios aos pacientes.

Cuidados essenciais no pré e pós-operatório

Apesar da segurança do procedimento, alguns cuidados específicos fazem diferença no resultado final. No período que antecede a cirurgia, recomenda-se evitar o uso de maquiagem e cremes na região dos olhos. As orientações médicas quanto ao jejum devem ser seguidas rigorosamente, especialmente quando houver indicação de sedação durante o procedimento.

Após a cirurgia, o uso correto dos colírios antibióticos e anti-inflamatórios prescritos mostra-se fundamental. Essas medicações previnem infecções e favorecem a cicatrização adequada dos tecidos oculares. O paciente deve evitar coçar os olhos, realizar esforços físicos intensos, expor-se a ambientes com muita poeira ou frequentar piscinas nas primeiras semanas após o procedimento.

O acompanhamento médico no período pós-operatório permanece essencial. Consultas regulares permitem ao oftalmologista avaliar a adaptação à nova lente e identificar precocemente qualquer intercorrência. Em alguns casos, pode ocorrer a opacificação da cápsula posterior, popularmente conhecida como “segunda catarata”. O especialista esclarece que não é a lente implantada que se opacifica.

Tratamento complementar restaura nitidez visual

Uma película pode se formar na cápsula posterior do olho, atrás da lente implantada. Muitos pacientes costumam dizer que a lente ficou “suja”, quando na verdade trata-se dessa opacidade que aparece algum tempo após a cirurgia. O tratamento resolve-se de forma simples através de um procedimento a laser, comparável a uma limpeza da lente, que devolve novamente a nitidez à visão.

A técnica utiliza laser YAG para criar uma abertura na cápsula opacificada. O procedimento é realizado em ambiente de consultório, não requer internação hospitalar e apresenta resultados imediatos. A segurança e a eficácia desse tratamento complementar demonstram os avanços da oftalmologia moderna e reforçam a importância do acompanhamento regular após a cirurgia.

Prevenção é aliada da qualidade de vida

Mesmo na ausência de sintomas aparentes, os exames oftalmológicos deveriam fazer parte da rotina de cuidados com a saúde. Doenças como glaucoma ou degeneração macular podem evoluir silenciosamente até causar perdas visuais irreversíveis. A detecção precoce dessas condições amplia consideravelmente as possibilidades terapêuticas e as chances de preservação da capacidade visual.

A atenção à saúde dos olhos, especialmente durante a terceira idade, representa uma forma de garantir não apenas boa visão, mas também mais segurança, autonomia e qualidade de vida. A capacidade de realizar tarefas cotidianas, movimentar-se com independência e manter a vida social ativa depende diretamente da qualidade visual. A prevenção e o tratamento adequado de problemas oculares contribuem para o bem-estar em todas as faixas etárias.

Dr. Neto Pereira define a cirurgia de catarata como um divisor de águas na trajetória dos pacientes. O procedimento devolve ao paciente a liberdade de enxergar o mundo com clareza e confiança. O especialista destaca a satisfação de poder ajudar nesse processo de transformação que impacta profundamente a vida das pessoas.

Pontos principais:

  • O primeiro exame oftalmológico deveria ocorrer entre três e cinco anos para identificar e corrigir problemas refrativos precocemente
  • A cirurgia é indicada quando sintomas como visão embaçada e sensibilidade à luz começam a limitar atividades cotidianas
  • A avaliação pré-operatória inclui exames que medem formato ocular, avaliam córnea e retina para escolher a lente intraocular adequada
  • Lentes monofocais corrigem visão para longe, multifocais proporcionam nitidez em várias distâncias e tóricas são indicadas para astigmatismo
  • A facoemulsificação é a técnica mais moderna, com incisões menores, recuperação mais rápida e taxa de sucesso superior a 95%
  • O uso correto de colírios antibióticos e anti-inflamatórios no pós-operatório previne infecções e favorece boa cicatrização
  • A opacificação da cápsula posterior tem tratamento simples com laser YAG em consultório, sem necessidade de internação
  • Exames regulares detectam glaucoma e degeneração macular antes de causarem perdas visuais irreversíveis

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