Os esforços ambientais de Santa Catarina e o projeto para tornar Florianópolis a primeira capital Lixo Zero do Brasil ganhariam projeção global através do prefeito Topázio Neto na COP 30. O chefe do executivo municipal, que também preside a FECAM, integraria painéis na Blue Zone da conferência, em Belém do Pará, de 9 a 14 de novembro. O objetivo central seria compartilhar com líderes mundiais e especialistas as práticas de gestão que aliam desenvolvimento urbano à sustentabilidade, destacando a redução efetiva de emissões de gases de efeito estufa.

O Destaque Lixo Zero na Conferência
O case de Florianópolis se sustentaria em dados concretos, como a taxa de mais de 13% de resíduos desviados do aterro sanitário, um passo crucial para minimizar a liberação de metano na atmosfera. A abordagem da cidade transcenderia a questão dos lixões, incorporando uma visão sistêmica que inclui a vasta cobertura vegetal preservada – 60% do território municipal – funcionando como um sumidouro de carbono natural. Essa combinação entre ações de engenharia sanitária e conservação ambiental criaria um cenário favorável único.
A Governança Climática dos Municípios
A atuação do prefeito iria além dos limites da capital, representando os interesses dos municípios catarinenses perante um fórum global. A carta da FECAM a ser entregue na COP 30 reafirmaria a necessidade de um federalismo climático, onde as cidades não fossem meras coadjuvantes na execução de políticas nacionais. A proposta ecoaria o documento assinado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que cobrava maior autonomia e financiamento para ações locais de mitigação e adaptação.

Essa articulação prévia, ocorrida durante o Fórum de Líderes Locais no Rio de Janeiro, demonstraria a preparação e a união dos entes subnacionais para a conferência. A defesa de um assento permanente para os municípios no Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima evidenciaria a busca por uma participação mais estrutural e menos simbólica nas decisões críticas sobre o futuro climático do país.
- A apresentação do case Lixo Zero de Florianópolis, baseado em métricas de desvio de resíduos.
- A integração entre gestão de resíduos e a preservação de áreas verdes como sumidouros de carbono.
- A defesa, via FECAM, de um modelo de federalismo climático com poder decisório para os municípios.
- A articulação política prévia na FNP para garantir demandas locais na agenda nacional.

