Com apenas metade das instalações concluídas, a Estação de Tratamento de Esgoto de Potecas permanece sem previsão realista de entrega. O atraso de mais de um ano levou a Prefeitura de São José a cobrar celeridade da Casan e a envolver o IMA na solução para desativar as lagoas antigas.
O impasse técnico se arrasta enquanto a comunidade convive com o passivo ambiental das lagoas de estabilização. A nova estação, projetada para tratar até 600 litros de esgoto por segundo, pode representar o fim de um problema crônico de saúde e urbanismo em São José.
Vistoria revela insatisfação da Prefeitura com o ritmo da obra
A vistoria técnica desta terça-feira reuniu o prefeito, vice, vereadores e secretários no local da futura estação. As autoridades demonstraram preocupação com o ritmo das obras e criticaram a demora da Casan. A cobrança por resultados imediatos marca uma nova fase de pressão pública sobre o cronograma da estatal.
Área das lagoas deverá ser transformada em parque comunitário
A atual estação, que funciona com lagoas de estabilização, ocupa um espaço significativo em Potecas. A proposta da gestão municipal inclui o aterramento total e posterior devolução da área, já recuperada, para uso da comunidade. O plano prevê a instalação de um parque com áreas de lazer e convivência.
Problemas ambientais ainda impactam a população local
Moradores da região relatam, há décadas, incômodos com mau cheiro, presença de insetos e riscos sanitários. A nova ETE deverá operar com sistema fechado e monitoramento eletrônico de parâmetros de qualidade, conforme normas estabelecidas pela Política Nacional de Saneamento.
ETE terá impacto direto no desenvolvimento urbano
A ampliação da capacidade de tratamento de esgoto pode viabilizar novos projetos de urbanização e habitação. Com 600 l/s de vazão, a nova estação atenderá bairros em crescimento e melhorará os indicadores de saúde ambiental da cidade. Esse tipo de infraestrutura costuma influenciar positivamente o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) regional.
Planejamento projeta mais um ano de obras até a finalização
Relatórios técnicos indicam que, apesar do avanço estrutural, apenas 50% das instalações essenciais estão prontas. Componentes como sistemas de bombeamento, energia e controle automatizado permanecem em estágio inicial. A previsão realista aponta para término apenas em 2026.
Compromissos legais pressionam Casan a devolver área limpa
A Casan mantém compromisso judicial de reverter a área das lagoas em condições ambientais adequadas. A exigência consta de acordos estabelecidos entre a estatal e o município, o que implica supervisão técnica do IMA. A reunião entre as partes deve definir os próximos passos da reabilitação ambiental.
- Estação está com 50% das instalações completas
- Casan promete entrega parcial da ETE até dezembro
- Nova estrutura aumentará capacidade em 42%
- Comunidade pressiona por solução definitiva para as lagoas
- Prefeitura quer parque urbano na área recuperada
- IMA será acionado para destravar o processo de aterramento
