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Livro infantil josefense faz sucesso na Bienal

O livro infantojuvenil “Pedro Bola” transformou-se num dos principais atrativos da Bienal do Livro de São José, conquistando públicos diversos através de sessões de contação de histórias conduzidas pela autora Rosane Cordeiro. A obra, que havia sido lançada na Casa da Cultura Nésia Melo da Silveira, ganhou novo fôlego no evento realizado no Centro de Atenção à Terceira Idade (CATI), com entrada gratuita e programação até domingo.

A narrativa acompanha Pedro, um menino fascinado por bola que alimenta o sonho de se transformar no objeto para sair rodando pelo mundo. A história nasceu das memórias da avó da autora e incorpora paisagens do Centro Histórico josefense, criando uma ponte entre imaginação infantil e identidade cultural local que ressoou fortemente com as famílias presentes.

Livro infantil josefense faz sucesso na Bienal
Pedro Bola conquista público na Bienal de São José com contações de histórias. Autora Rosane Cordeiro emociona crianças e famílias com obra inspirada na cultura local.

Sessões de contação mobilizam crianças

Rosane Cordeiro criou uma atmosfera envolvente durante as apresentações que se tornaram um dos momentos mais aguardados da Bienal. A autora utilizou recursos de voz, expressão e interação para transportar as crianças ao universo poético de Pedro. As sessões atraíram não apenas o público infantil, mas envolveram pais, avós e educadores interessados numa experiência literária de qualidade.

O formato escolhido para apresentar a obra valoriza a oralidade e o contato direto com os leitores. Pesquisas em neurociência cognitiva demonstram que a contação de histórias ativa múltiplas áreas cerebrais simultaneamente, promovendo desenvolvimento linguístico, empatia e capacidade de visualização mental em crianças. A autora aproveitou esse potencial para criar momentos onde a literatura ganhou vida através da performance e do encontro.

Identidade josefense na literatura infantil

A escolha de ambientar a narrativa em locais reconhecíveis de São José criou uma camada de pertencimento que diferencia “Pedro Bola” de outras produções do gênero. As ilustrações de Raysa Serafim Farias dialogam com o texto apresentando elementos visuais que remetem ao território e à cultura local. Esse cuidado com a representação geográfica e afetiva aproxima a ficção da realidade vivida pelos pequenos leitores.

O secretário Toninho da Silveira enfatizou que a presença da obra na Bienal representa um avanço na valorização dos autores regionais. Para ele, histórias que nascem da terra josefense e dialogam com o coração das pessoas merecem circular em espaços de grande visibilidade. A participação no evento configura uma estratégia de fortalecimento da cadeia produtiva do livro na cidade.

A força da imaginação na infância

Pedro vive uma jornada poética onde o desejo de se transformar em bola abre portas para aventuras imaginárias. Essa premissa fantástica permite explorar temas como liberdade, movimento e descoberta de uma forma lúdica e acessível. A narrativa não subestima a inteligência das crianças, oferecendo camadas de leitura que podem ser aprofundadas conforme a maturidade do leitor.

Rosane compartilhou que cada reação do público durante as contações funciona como um termômetro da conexão estabelecida pela história. Risadas, perguntas e olhares curiosos indicam que a obra consegue tocar aspectos universais da experiência infantil. O livro celebra a capacidade de sonhar e transformar o cotidiano em grande aventura, valores fundamentais para o desenvolvimento emocional saudável.

Bienal democratiza acesso à literatura

O evento no CATI reuniu diversas iniciativas literárias com o objetivo de promover o livro e a leitura de forma inclusiva. A gratuidade da entrada removeu barreiras econômicas que frequentemente limitam o acesso de famílias a atividades culturais de qualidade. “Pedro Bola” beneficiou-se desse formato democrático, alcançando públicos que talvez não tivessem contato com a obra em outros contextos.

A programação estendida permitiu que diferentes grupos visitassem o estande em horários variados. Escolas levaram turmas para participar das contações, famílias compareceram nos finais de semana e educadores buscaram referências para trabalho pedagógico. Essa diversidade de público enriqueceu as trocas e demonstrou como a literatura infantil pode funcionar como ponte entre gerações e realidades sociais distintas.

Memórias familiares viram poesia

A gênese da narrativa está ligada às lembranças que a avó de Rosane compartilhou sobre a infância em São José. Essas memórias foram transformadas em matéria poética, ganhando nova forma através da ficção. O processo criativo envolveu resgatar histórias orais e traduzi-las numa linguagem que dialogasse com crianças contemporâneas sem perder a essência do passado.

A autora explicou que escrever “Pedro Bola” representou uma forma de celebrar suas raízes e devolver à comunidade algo construído a partir dela. O livro torna-se um artefato cultural que preserva memória ao mesmo tempo em que cria novas experiências para gerações futuras. Essa circularidade entre passado e presente fortalece os laços de pertencimento e valoriza a transmissão de saberes entre gerações.

Pontos principais:

  • “Pedro Bola” destacou-se na Bienal do Livro de São José com contações de histórias que envolveram crianças e famílias
  • Autora Rosane Cordeiro baseou narrativa em memórias da avó e paisagens do Centro Histórico josefense
  • Evento aconteceu no CATI com entrada gratuita, democratizando acesso à literatura de qualidade
  • Livro ilustrado por Raysa Serafim Farias trabalha imaginação infantil através da história de menino que quer virar bola
  • Secretário de Cultura ressaltou importância de valorizar talentos locais em espaços de grande circulação

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