São José concluiu a etapa comunitária do Plano Municipal de Redução de Riscos com apoio da UFSC. Após reuniões em diferentes bairros, a próxima fase será a audiência pública, que deve consolidar o documento final.
O estudo já mapeou 164 setores em vulnerabilidade, sendo 13 em situação crítica. O relatório preliminar foi encaminhado ao Governo Federal dentro do Novo PAC Seleções.

Audiência pública e participação da comunidade
A audiência, organizada pela UFSC, deve reunir técnicos, autoridades e população para debater as medidas propostas. A metodologia empregada prioriza a transparência, já que cada intervenção impacta diretamente moradores de áreas sujeitas a enchentes e deslizamentos.
Esse processo atende às diretrizes da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, que recomenda ampla participação social. Estudos internacionais de gestão de riscos urbanos indicam que planos construídos com base em diálogo comunitário apresentam maior adesão da população.
Mapeamento técnico e uso de tecnologia
As equipes da UFSC e da Defesa Civil utilizaram drones para modelagem digital do terreno, sensores para medir índices pluviométricos e levantamentos populacionais de campo. A combinação de tecnologias permitiu classificar o nível de risco com maior precisão.
O cruzamento de dados geotécnicos e sociais revelou que os bairros Forquilhas, Forquilhinha e Serraria concentram parte das áreas críticas. A análise mostrou que a ocupação em encostas íngremes e próximas a rios amplia a vulnerabilidade diante de episódios de chuva intensa.
Investimentos federais e impacto regional
O município pleiteia R$ 18 milhões para obras estruturais e emergenciais, como drenagens e muros de contenção. Essa verba faz parte de um pacote nacional de R$ 1,3 bilhão do Novo PAC destinado a contenção de encostas em 20 cidades brasileiras.
São José aparece entre as primeiras contempladas devido ao histórico de ocorrências de deslizamentos. A expectativa é que as obras iniciem ainda em 2026, caso os recursos sejam liberados após a consolidação do plano.

Segurança e preparação para eventos climáticos
O PMRR de São José foi elaborado para enfrentar os impactos do aumento de eventos extremos. A Defesa Civil alerta que mudanças climáticas intensificam riscos hidrológicos e geotécnicos, tornando urgente a adoção de medidas preventivas.
O prefeito Orvino Coelho de Ávila destacou que a gestão busca não apenas obras físicas, mas também ferramentas educativas e de monitoramento. Alertas via aplicativos e abrigos emergenciais integram a estratégia de resposta.
- 164 setores mapeados no município
- 13 em situação crítica de risco geológico e hidrológico
- R$ 18 milhões solicitados para obras emergenciais
- São José entre 20 cidades atendidas pelo Novo PAC Seleções
- Audiência pública definirá versão final do PMRR