Santa Catarina obteve o melhor resultado do país na distribuição de renda entre trabalhadores ocupados, segundo dados da PNAD Contínua referentes ao primeiro trimestre de 2025. O índice estadual de 0,424 supera em quase 18% a média brasileira, reafirmando sua posição de menor desigualdade.
A liderança não representa um evento isolado: desde 2012, com uma única exceção em 2021, o estado aparece na primeira posição do ranking nacional, consolidando uma trajetória de estabilidade econômica e social.

Como funciona o Índice de Gini
Utilizado por economistas e organismos internacionais, o Índice de Gini mede a concentração de renda, variando de 0 (perfeita igualdade) a 1 (desigualdade total). Em SC, a taxa de 0,424 indica que a renda circula de forma mais homogênea entre os trabalhadores, diferindo do cenário brasileiro de maior concentração.
Setores que impulsionam a igualdade
Entre os setores analisados, Alojamento e Alimentação se destaca com Gini de 0,357, demonstrando evolução histórica na redução da desigualdade. A combinação de incentivos ao turismo e estímulos ao emprego formal no setor tem contribuído para esse desempenho.
Papel das mulheres no cenário catarinense
O índice de 0,407 para trabalhadoras ocupadas evidencia uma diferença positiva em relação à média geral. O avanço ocorre em um contexto de maior inserção feminina em funções qualificadas e na ampliação de políticas de incentivo à participação das mulheres no mercado.
Impacto da escolaridade na distribuição de renda
Trabalhadores com ensino médio completo apresentaram Gini de 0,324, o mais baixo entre os grupos educacionais analisados. Esse dado reforça que a educação exerce efeito direto na igualdade salarial e na mobilidade social.

Fatores estruturais e políticas públicas
A diversidade produtiva, a formalização do trabalho e a baixa taxa de desemprego formam a base para a manutenção de indicadores positivos. As ações governamentais, associadas a um ambiente propício a investimentos, ajudam a sustentar o equilíbrio de renda.
Pontos-chave:
- SC tem Gini de 0,424, contra média nacional de 0,516
- Liderança no ranking desde 2012, com exceção de 2021
- Alojamento e Alimentação registrou Gini de 0,357
- Mulheres alcançaram índice de 0,407
- Ensino médio completo obteve Gini de 0,324