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Criança de 9 anos salva prima com técnica do Bombeiro Mirim em São José

Uma criança de nove anos aplicou com sucesso a manobra de desengasgo e salvou a vida da prima de três anos em São José (SC), durante um almoço em família. A ação rápida ocorreu no dia 25 de julho e envolveu Lara de Oliveira Pereira, que havia concluído, dias antes, o curso do projeto Bombeiro Mirim na escola pública onde estuda, no bairro Forquilhas.

O conhecimento adquirido na sala de aula foi posto à prova em menos de dez dias. Com firmeza e tranquilidade, Lara demonstrou que crianças bem orientadas podem ser protagonistas de situações reais de emergência. O caso reforça a relevância de políticas educacionais que priorizam vivências práticas.

Projeto Bombeiro Mirim mostra resultados imediatos

A formação oferecida por meio da parceria entre a Rede Municipal de Ensino e o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina abrange noções de primeiros socorros, prevenção de acidentes e cidadania. Na rotina de escolas como o Centro Educacional Municipal Professora Amélia Ludwig, o conteúdo passou a integrar uma abordagem transversal, que conecta aprendizado e responsabilidade social.

Ao aplicar o protocolo de desobstrução de vias aéreas, Lara demonstrou entendimento técnico da sequência de ações: posicionamento corporal correto, estímulo com percussões dorsais e reconhecimento de sinais de engasgo silencioso. A padronização dessa técnica, conhecida como protocolo de Heimlich adaptado para crianças, é reconhecida por instituições médicas e emergenciais.

Criança de 9 anos salva prima com técnica do Bombeiro Mirim em São José
Técnica ensinada em escola pública salva vida de criança em São José após ação rápida de aluna de 9 anos.

Educação além da teoria: vivência que forma cidadãos

A proposta do Bombeiro Mirim não se restringe ao conteúdo técnico. O currículo desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros inclui dinâmicas que estimulam a empatia, o trabalho em grupo e a autorresponsabilidade. A experiência de Lara oferece uma lente concreta sobre como essas ações formam crianças mais preparadas para agir em momentos críticos.

Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria apontam que o engasgo está entre as principais causas de óbito acidental em crianças de até cinco anos no Brasil. Diante desse cenário, investir em educação preventiva nas escolas tem demonstrado impacto positivo direto e mensurável, como evidenciado no caso de São José.

Comunidade escolar e famílias como agentes de transformação

Relatos de familiares e profissionais da educação mostram que a surpresa deu lugar ao reconhecimento. A avó de Lara admitiu não esperar uma aplicação tão imediata do que foi aprendido. Já a Secretaria Municipal de Educação interpretou o episódio como uma resposta prática à estratégia de aproximar conteúdos curriculares de realidades cotidianas.

Essa integração entre escola, família e instituições públicas amplia o alcance da formação cidadã. O impacto, antes restrito aos muros escolares, passa a influenciar o comportamento em casa, no bairro e na convivência comunitária. A segurança compartilhada torna-se uma prática habitual, não uma exceção.

Crianças como protagonistas da cultura da prevenção

A trajetória de Lara sugere que o protagonismo infantil não é uma utopia. Desde pequena, a menina já havia demonstrado atenção a situações adversas, como quando alertou sobre um mal-estar da avó e um caso de AVC no vizinho. Essas atitudes reforçam a hipótese de que o estímulo contínuo ao cuidado coletivo pode se enraizar na formação desde os primeiros anos escolares.

Mais do que uma habilidade técnica, a manobra aplicada foi fruto de um ecossistema educativo que valoriza a escuta, o preparo e a ação. A transformação de saber em atitude prática consolida um modelo que pode ser replicado em outras cidades e redes de ensino.

  • Lara salvou a prima de 3 anos com técnica do curso Bombeiro Mirim
  • Manobra de desengasgo foi aplicada corretamente após o curso
  • Curso é uma parceria entre escolas públicas e Corpo de Bombeiros
  • Caso reforça a importância da educação prática e cidadã
  • Crianças preparadas podem agir com segurança em emergências

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