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Florianópolis intensifica combate ao comércio ilegal de cobre

A manhã de quinta-feira (8) marcou mais uma ofensiva das autoridades contra a comercialização irregular de metais na capital catarinense. A Operação Fio Desencapado percorreu o bairro Monte Cristo com foco no combate ao furto de cabos e nas infrações sanitárias em estabelecimentos suspeitos.

Três indivíduos foram detidos em flagrante por receptação. Quatro estabelecimentos acabaram interditados, e os fiscais emitiram 13 autuações, que variaram de ausência de alvará a crimes ambientais e riscos sanitários.

Receptação de metais impulsiona redes de crime urbano

O furto e a revenda ilegal de fios metálicos, sobretudo cobre, formam um ciclo que alimenta uma rede criminosa silenciosa nas áreas urbanas. Nos bastidores desses estabelecimentos, transita material proveniente de infraestrutura pública — cabos de iluminação, telecomunicação e redes de energia.

Florianópolis intensifica combate ao comércio ilegal de cobre
Ação conjunta fiscaliza estabelecimentos em Florianópolis por crimes ambientais, sanitários e receptação de fios de cobre.

As ações da Polícia indicam que o comércio informal serve de elo para escoamento rápido e lucrativo de material furtado. Estudos da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) apontam que o furto de cabos causa prejuízos anuais milionários e coloca em risco a continuidade dos serviços urbanos.

Danos à saúde pública agravam impacto das irregularidades

Durante as inspeções, agentes de saúde constataram a presença de ambientes com lixo acumulado, água parada e depósitos clandestinos de sucata, fatores que favorecem a propagação de doenças como dengue, zika e leptospirose. As equipes da Vigilância Ambiental destacaram a gravidade da exposição da população a esse tipo de risco.

Do ponto de vista técnico, locais com resíduos metálicos acumulados e má gestão de resíduos orgânicos representam um risco duplo: à saúde e ao meio ambiente. A decomposição inadequada de certos materiais pode liberar agentes tóxicos no solo e nas águas pluviais da região.

Celesc e Casan identificam impacto na rede pública

As concessionárias de energia e saneamento também participaram da operação. A Celesc verificou conexões clandestinas e suspeitas de desvio de energia. Já a Casan analisou possíveis contaminações decorrentes de descarte irregular.

Essas práticas comprometem a sustentabilidade das redes públicas e forçam aumentos nos custos de manutenção. Técnicos alertam que o encarecimento dos serviços, causado por perdas técnicas, tende a afetar toda a população, mesmo os usuários regulares.

Interdições expõem vulnerabilidades do comércio local

A ausência de regularização formal expõe comerciantes e funcionários à insegurança jurídica e à instabilidade econômica. Quatro pontos comerciais foram fechados no Monte Cristo. O impacto imediato atinge diretamente trabalhadores informais que dependem da atividade diária para o sustento.

A fiscalização reforça que a informalidade vai além da questão tributária. Em muitos casos, ela encobre ambientes insalubres, riscos elétricos e estruturas comprometidas que colocam vidas em risco. A continuidade dessas ações dependerá do mapeamento de novos pontos e denúncias da população.

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