Desde o início de 2023, drones estão em operação no combate à dengue em São José. A medida busca ampliar o monitoramento em áreas com difícil acesso e reduzir focos do mosquito Aedes aegypti.
O reforço tecnológico permite intervenções com maior precisão. A Vigilância Epidemiológica passou a integrar o mapeamento aéreo às demais ações de prevenção e controle.

Mapeamento aéreo de alto risco
Lajes, telhados e terrenos com vegetação densa exigem equipamentos com capacidade de sobrevoo seguro. Nessas zonas, os drones operam com câmeras de alta definição, capturando imagens em tempo real que ajudam a confirmar suspeitas de focos do vetor.
Esse trabalho é fundamental em períodos de aumento da transmissão, especialmente entre os meses mais quentes e úmidos. Com a identificação precoce, agentes conseguem agir antes da proliferação dos mosquitos adultos.
Integração entre tecnologia e vigilância
A estrutura de combate à dengue não se limita à inspeção remota. Em São José, a abordagem segue integrada. Drones atuam em conjunto com visitas domiciliares, campanhas educativas, mutirões e aplicação de larvicidas em áreas identificadas como prioritárias.
O uso coordenado garante maior cobertura territorial e respostas mais ágeis. O município mantém ainda um canal aberto para denúncias da população, que complementa o mapeamento por imagens.
Base científica nas ações de campo
Pesquisas da Fiocruz e do Ministério da Saúde indicam que a inteligência artificial e a vigilância automatizada reduzem significativamente o tempo de resposta em surtos de arboviroses. Dados geoespaciais, somados à leitura térmica e análise de imagem, permitem filtrar áreas críticas com maior precisão.
Esse nível de informação técnica qualifica a tomada de decisão e reduz o desperdício de recursos. Em vez de fiscalizar aleatoriamente, as equipes se concentram em pontos comprovadamente vulneráveis, o que eleva a efetividade da operação.

