Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, expressou incertezas sobre a disposição do presidente russo, Vladimir Putin, para encerrar a guerra contra a Ucrânia. A declaração aconteceu depois de uma reunião informal com Volodymyr Zelensky durante o funeral do papa Francisco, no Vaticano, em um momento visto como diplomático e estratégico.
O breve encontro, classificado pela Presidência da Ucrânia como “muito simbólico”, teve reflexos imediatos nas avaliações sobre o conflito. A Casa Branca afirmou que a conversa foi produtiva, mas o posicionamento de Trump nas redes sociais reacendeu debates sobre a real possibilidade de um acordo de paz.
Funeral no Vaticano cria palco para diplomacia
O funeral de Francisco reuniu líderes globais e abriu espaço para conversas de alto nível. Entre rezas e homenagens, encontros bilaterais moldaram discretamente novas direções diplomáticas. Zelensky aproveitou a ocasião para fortalecer laços e renovar apelos por suporte internacional.

Trump aponta ataques civis como sinal de má fé
Em sua postagem na Truth Social, Trump sugeriu que os bombardeios russos a áreas civis demonstram falta de interesse real de Putin em pôr fim à guerra. Especialistas em segurança internacional indicam que ataques deliberados contra civis constituem violação grave às convenções de Genebra, elevando o risco de endurecimento nas sanções internacionais.
Disputas narrativas entre Washington e Moscou
Enquanto Trump apontava obstáculos, o Kremlin buscava promover imagem de abertura ao diálogo. Segundo comunicado oficial russo, Putin estaria disposto a negociar sem impor pré-condições. Observadores diplomáticos ressaltam que esse tipo de retórica já foi usado anteriormente como estratégia de ganho territorial.
Acordos distantes em meio à guerra ativa
O controle da região de Kursk, anunciado por Moscou e contestado por Kiev, revela que o terreno ainda é disputado de forma intensa. Dados divulgados pela Missão de Monitoramento da OSCE mostram que, em áreas de conflito, a escalada de violência persiste, comprometendo qualquer esforço de cessar-fogo genuíno.
Europa reafirma apoio a uma solução justa
Em Roma, Zelensky ouviu de Ursula von der Leyen, Giorgia Meloni e Emmanuel Macron reafirmações de apoio irrestrito. Líderes europeus reforçaram que qualquer acordo futuro deve respeitar a integridade territorial da Ucrânia. Documentos internos da União Europeia destacam que acordos apressados tendem a gerar instabilidade prolongada.
Trump e a possível mudança na política externa dos EUA
O impacto das declarações de Trump vai além das redes sociais e pode alterar a postura oficial americana diante do conflito. Analistas do Instituto Brookings avaliam que uma eventual negociação patrocinada por Trump favoreceria concessões a Moscou. Essa possibilidade gera tensão em Kiev, onde líderes veem a necessidade de garantir respaldo sólido e contínuo.