A cidade de Florianópolis marcou presença significativa na 8ª edição do ECriativa – Encontro da Rede Brasileira de Cidades Criativas da UNESCO, realizada entre 10 e 13 de abril em Penedo, Alagoas. Representantes da FloripAmanhã e da Prefeitura Municipal participaram ativamente do evento, reafirmando o compromisso da capital catarinense como integrante da rede mundial na categoria Gastronomia.
O encontro proporcionou um ambiente fértil para troca de experiências e articulação de parcerias estratégicas entre municípios brasileiros reconhecidos pela UNESCO. Durante o evento, foi anunciado que Florianópolis sediará o próximo encontro da Rede Brasileira de Cidades Criativas, previsto para abril de 2026, consolidando sua posição como polo criativo no cenário nacional.
Gastronomia como Vetor de Desenvolvimento Sustentável
A representação florianopolitana no ECriativa contou com Marcus Rocha, associado da FloripAmanhã e ponto focal do Programa Cidade Criativa UNESCO da Gastronomia, e Carla Cabral Costa, da Prefeitura Municipal. A dupla participou intensamente das atividades programadas, que incluíram oficinas práticas, workshops temáticos e rodadas de negócios voltadas para o fortalecimento das economias criativas locais.
Pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o setor gastronômico representa aproximadamente 2,5% do PIB nacional, com potencial de crescimento ainda maior em cidades que desenvolvem políticas específicas para o setor. Esse dado revela a importância econômica das iniciativas desenvolvidas em Florianópolis desde seu reconhecimento pela UNESCO em 2014.
Governança Compartilhada como Modelo de Gestão
O Programa Florianópolis Cidade Criativa da UNESCO na Gastronomia se destaca pela estrutura de governança inovadora, reunindo mais de 15 entidades de diferentes setores. Essa composição múltipla permite uma visão ampla sobre os desafios e oportunidades do setor gastronômico na capital catarinense.
A coordenação do programa está sob responsabilidade de Anita Pires, conselheira da FloripAmanhã, que tem implementado ações estratégicas para qualificação de estabelecimentos e fomento a novos negócios. O modelo tem despertado interesse de outras cidades da rede UNESCO pela efetividade na articulação entre academia, poder público, setor privado e sociedade civil.
Observatório da Gastronomia: Pioneirismo Nacional
Um dos principais diferenciais do programa florianopolitano é o Observatório da Gastronomia, primeira iniciativa do tipo no Brasil. A plataforma coleta e analisa dados sobre o setor gastronômico local, fornecendo insumos para a tomada de decisões estratégicas tanto pelo poder público quanto pelos empreendedores.
O Observatório mapeia tendências, monitora indicadores econômicos e sociais relacionados à gastronomia e identifica oportunidades de inovação alinhadas com a identidade cultural da cidade. Essa abordagem metodológica tem contribuído para decisões mais assertivas e para o desenvolvimento de políticas públicas efetivas para o setor.
Perspectivas e Desafios para 2026
A realização do Encontro da Rede Brasileira de Cidades Criativas em Florianópolis em 2026 traz novos desafios e oportunidades para a capital catarinense. A expectativa dos organizadores é aproveitar o evento para fortalecer o posicionamento da cidade como referência em políticas públicas que integram gastronomia, cultura e sustentabilidade.
O intervalo de dois anos permite um planejamento cuidadoso e a implementação de projetos que possam ser apresentados como casos de sucesso durante o encontro. Entre as prioridades estão o fortalecimento da Confraria da Gastronomia, a ampliação das ações de capacitação para empreendedores locais e o desenvolvimento de iniciativas que valorizem ingredientes típicos da região.
- O ECriativa 2024 reuniu representantes das 15 cidades brasileiras designadas pela UNESCO como cidades criativas, distribuídas em sete categorias diferentes
- Florianópolis foi reconhecida como Cidade Criativa da Gastronomia em dezembro de 2014, resultado de um trabalho articulado liderado pela FloripAmanhã
- O modelo de governança do programa florianopolitano envolve mais de 15 entidades, incluindo academia, poder público, setor privado e sociedade civil
